A Coragem de Ser Imperfeito

(Foto: Divulgação)
Uma das trágicas ironias da vida pós-moderna é que muitas pessoas se isolam umas das outras por causa de sentimentos que têm em comum, como o medo de fracassar e a sensação de não serem boas o bastante. Brené Brown lança luz sobre esses recônditos da sensibilidade humana e revela como esses sentimentos podem minar suas realizações nos estudos, no trabalho e no lar. Ela mostra também como eles podem ser transformados para nos ajudar a viver com mais coragem, comprometimento e propósito. – Ken Robinson, autor de O elemento chave
Viver é experimentar incertezas, riscos e se expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim. Como mostra a Dra. Brené Brown, que durante 12 anos desenvolveu uma pesquisa pioneira sobre vulnerabilidade, essa condição não é uma medida de fraqueza, mas a melhor definição de coragem.
Quando fugimos de emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a aceitação, a empatia e a criatividade. Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo do erro e do fracasso se distanciam das experiências marcantes que dão significado à vida e acabam se sentindo frustradas.
Por outro lado, aquelas que mais se expõem e se abrem para coisas novas são as mais autênticas e realizadas, ainda que se tornem alvo de críticas e de sentimentos como inveja e ciúme. É preciso lidar muito bem com os dois lados da moeda a fim de alcançar a felicidade de realizar todo o seu potencial.
Em uma sociedade em que predomina a cultura do perfeccionismo, é comum recorrer a máscaras para minimizar o desconforto e as dores de não ser bom o bastante. Brené Brown descobriu que todos nós fazemos uso de um verdadeiro arsenal contra essas sensações e explica em que consiste cada escudo e quais estratégias devem ser usadas nesse “desarmamento”. Ela também combate os mitos que afirmam que ser vulnerável é o mesmo que ser fraco.
Depois de estudar a vergonha e a empatia durante seis anos e colher centenas de depoimentos, a autora chegou à conclusão de que compreender e combater a vergonha de errar e de se expor é fundamental para o sucesso. Ninguém consegue se destacar se ficar o tempo todo com medo do que os outros podem pensar.
Mostrar-se vulnerável pode parecer uma atitude subversiva, mas ter a coragem de ousar e nos mostrar como somos de verdade é a única forma de aproveitar todas as oportunidades que a vida tem a oferecer.
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BRENÉ BROWN ousou quando propôs uma discussão renovada sobre assuntos que costumam ser evitados por causarem grande desconforto. Sua palestra a respeito de vulnerabilidade, medo, vergonha e imperfeição, ministrada numa conferência da TED – organização sem fins lucrativos do universo da Tecnologia, do Entretenimento e do Design que organiza eventos com os pensadores e ativistas mais fascinantes do mundo –, já teve mais de 10 milhões de visualizações.
Neste livro, ela desenvolve suas principais ideias e estratégias bem-sucedidas, toca em feridas delicadas e provoca grandes insights, desafiando-nos a mudar a maneira como vivemos e nos relacionamos.
“Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos perfeitos ou à prova de bala para entrar no jogo, para entrar na arena da vida, sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis, desperdiçamos nosso precioso tempo e viramos as costas para os nossos talentos, aquelas contribuições exclusivas que somente nós mesmos podemos dar.”
“A vergonha extrai seu poder do fato de não ser explanada. Essa é a razão pela qual ela não deixa os perfeccionistas em paz – é tão fácil nos manter calados! Se, porém, desenvolvermos uma consciência da vergonha a ponto de lhe dar nome e falar sobre ela, nós a colocaremos de joelhos. A vergonha detesta ser o centro das atenções. Se falarmos abertamente sobre o assunto, ela começará a murchar.”
“Viver plenamente quer dizer abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar: ‘Não importa o que eu fizer hoje ou o que eu deixar de fazer, eu tenho meu valor.’ E ir para a cama à noite e dizer: ‘Sim, eu sou imperfeito, vulnerável e às vezes tenho medo, mas isso não muda a verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação.’”
“A jornada da vulnerabilidade não foi feita para se percorrer sozinho. Nós precisamos de apoio, de pessoas que nos ajudem na tentativa de trilhar novas maneiras de ser e não nos julguem. Precisamos de uma mão para nos levantar quando cairmos (e se você se entregar a uma vida corajosa, levará alguns tombos). A maioria de nós sabe prestar ajuda, mas, quando se trata de vulnerabilidade, é preciso saber pedir ajuda também.”

Fonte: http://www.esextante.com.br/livros/coragem-de-ser-imperfeito-a/

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